A propaganda não é (só) a alma do negócio

Propaganda, divulgação, publicidade, publicação, informação, dica, sugestão, indicação, testemunho, alarde, boca no trombone… De quantas maneiras mais poderíamos dar a entender que estamos tentando falar do conjunto de atividades destinadas a dar conhecimento a quem possa interessar, de que há algo de seu interesse disponível para aquisição no mercado?

Alguém já disse que o ovo de pata é maior, mais saudável e mais nutritivo do que o de galinha.  Então qual a razão de consumirmos ovos de galinha e não os ovos de pata?  A resposta seria que a galinha ao botar um ovo, cacareja, festeja, abre o bico, anuncia, chama à atenção, alardeia, faz uma tremenda propaganda enquanto que a pata, fecha o bico, fica na sua, sai de fininho e não dá a conhecer a existência do seu produto.

A alegoria se presta ainda hoje para ilustrar a importância da propaganda no contexto geral do marketing. Tanto que muitos ainda continuam a confundir a atividade com o próprio marketing. Quem, da área, ainda não ouviu alguém dizer que precisava fazer um “marketing” de seu produto num determinado veículo de comunicação?  Os profissionais do setor arrancam os cabelos.

A importância da propaganda é um dos pontos capitais pelo sucesso em fazer o público alvo de qualquer produto ou serviço ficar sabendo da existência e da disponibilidade do dito cujo. Só é preciso ficar esperto para não achar que, sozinha, a propaganda vai fazer o serviço de vendas e de distribuição.

A propaganda influencia diretamente tantos setores de uma organização que pode-se dizer que, além da alma, é o sangue que corre por todas as veias de qualquer empresa pois dimensiona a produção, determina as localizações dos estoques, define a logística de distribuição e influencia na decisão de compra do cliente. Tamanho leque de posicionamentos justifica a importância do setor e o tamanho dos salários auferidos pelos profissionais que se destacam trabalhando por aí.

Propaganda é o único setor cuja influência flui em sentido contrário à linha de poder. O funcionário criador de uma campanha publicitária precisa vender o seu peixe ao seu gerente, que precisa repassá-lo ao diretor, que precisa convencer o presidente ou o dono do negócio.

Quem já teve a oportunidade de circular pelo ambiente sob a responsabilidade da propaganda, dificilmente deixou de se apaixonar, pois, apesar da carga de estresse natural e permanente, tudo exala criatividade, quebra de paradigmas, novidades, desafios e uma bela dose indispensável de bom humor.

Foto: Yabe Consultoria

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