Releitura

Há muitos(muitos mesmo) anos, li um livro tão interessante que prendeu minha atenção de maneira ímpar.  Acabei cometendo o velho erro de emprestar para um amigo e, como deveria saber, não recebi de volta.  Passado algum tempo, voltei a encontrá-lo em uma livraria e comprei outro exemplar, que li novamente com o mesmo prazer do primeiro.

Talvez não acreditem mas repeti o erro, emprestei de novo e, claro, de novo fiquei sem ele.  Depois disso, apesar de continuar procurando sempre que ia a uma livraria, jamais voltei a encontrar aquela preciosidade.

Mas como NUNCA é uma palavra que não existe no vocabulário do persistente, finalmente agora, em julho deste ano de 2010, ao ir visitar minha mamãe em Maringá-PR, pela passagem de mais um aniversário dela, visitei um sebo e encontrei um exemplar meio bombardeado mas ainda legível e tratei de comprá-lo.

Desnecessário dizer que já o li novamente e o prazer novamente se renovou.  A curiosidade mata, não é mesmo?  Pois bem, trata-se de “O DESPERTAR DOS MÁGICOS”, de Louis Pauwels e Jacques Bergier escrito lá pelos idos dos anos 40 e 50.

O tema central do livro é a análise da potencialidade do homem frente ao uso de sua máquina corporal e mental.  O livro tem a capacidade de colocar o leitor frente a situações semelhantes vividas pelos autores e diante de questionamentos que desafiam nossos ociosos neurônios.  Aqui vai um trechinho só para deixá-los com água na boca.

“O espectro de luz apresenta-se assim: à esquerda, a faixa larga das ondas hertzianas e do infravermelho; a do centro, a estreita faixa da luz visível; à direita, a faixa infinita: ultravioleta, raios X, raios gama e o desconhecido. E se o espectro da inteligência, da luz humana, lhe fosse comparável? À esquerda, o infra ou subconsciente; ao centro, a estreita faixa da consciência; à direita, a faixa infinita da ultraconsciência.  Até aqui os estudos só atingiram a consciência e a subconsciência.”

Se a ciência diz ter comprovado que o homem só tem conseguido se utilizar de perto de 10% de sua capacidade cerebral, o que nos reservaria o domínio sobre os demais 90%?  Como se explica o fenômeno do deja vu? Como se explica o fenômeno da imposição das mãos?  Como se explica o fato de uma pessoa estar pensando sobre determinado assunto e outra pessoa próxima, assim do nada, repetir em voz alta o que a outra pensava?

O tema é apaixonante e o livro traz inúmeros casos documentados de acontecimentos extraordinários.

Quando deixaremos de precisar de um telefone para nos comunicar com alguém distante?

Quando aprenderemos a usar nossa máquina corpórea(corpo+mente) em sua plenitude?  Que prodígios seremos capazes de realizar?

Curioso?  Interessado?  Tente encontrar algum exemplar pelos sebos da vida e, por favor, não peça o meu emprestado.

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