Quem já não ouviu dizer que “errar é humano”? Mas uma coisa é ouvir dizer e outra coisa é conviver com a sensação de ter errado. Por mais que professores e educadores insistam na máxima de que “é errando que se aprende” fica fácil detectar a carinha de frustração daquele aluno que não conseguiu acertar um exercício ou que não deu conta de realizar um trabalho que lhe tenha sido confiado.
E os ditados estão mesmo cheios de razão. Bastaria citar, por exemplo, que a despeito do avanço tecnológico em crescente evolução, o método de pesquisa que continua apresentando os melhores resultados, na maioria dos campos é o velho e clássico método da “tentativa e erro”.
Impossível deixar de invocar o nome sempre lembrado quando se trata deste tema: Thomaz Alva Edison. Consta que continua sendo o recordista mundial em número de patentes registradas e olhe que, apenas para a invenção de sua mais famosa contribuição ao conforto da humanidade, a lâmpada elétrica, testou mais de 400 materiais como filamento, ou seja, errou mais de 400 vezes para conseguir obter o primeiro acerto, o primeiro sucesso, a primeira indicação de que estava no caminho certo.
Dá para imaginar a marca da frustração vincando o rosto do inventor a cada tentativa frustrada, mas, ao invés de se sentir derrotado, anotava o insucesso como mais um caminho a não ser seguido e já partia para outro.
Esta atitude mostra bem a diferença existente entre teimosia e obstinação. Entre uma atitude negativa e uma positiva. Entre o abatimento da derrota e o aprendizado adquirido pelo “erro”, que acabou servindo para indicar novas alternativas.
Vamos lá… Bons exemplos existem para serem seguidos e errar faz, sim, parte do aprendizado. Assim podemos complementar a primeira frase deste nosso papo. Errar não é o problema. O problema mesmo é insistir e reincidir no erro. Aí, deixa até de ser inteligente.
Imagem: Arquivo Municipal de Lisboa