Ontem eu voltei no tempo
Vi um escravo no tronco
Dorso nu, lanhos profundos
Lágrimas grossas, tremendo ronco
Verdugo sorridente
Látego certeiro
Autoridade imponente
Insensível ao berreiro
Pensei na propalada evolução
Que visa a máquina e não o desafortunado
O verdugo era um patrão
O escravo, um empregado
De repente a cena se esfumaçou
O escravo se libertou
E sorriu para o empresário
O verdugo fez-se pó
E em efeito dominó
Transformou-se o cenário
O chicote fez-se livro ou brochura
Os personagens, parceiros com certeza
O ódio fez-se justiça e ternura
E o patíbulo, uma empresa
Cezar Magalhães
Gostei muito, parabéns!..e se desejar é sonhar e sonhar é uma dádiva…eu queria ir mais longe, na verdade, queria vivenciar um paradoxo temporal!!!…não para alterá-lo e sim presencia-lo, talvez por curiosidade feminina!